Vidas passadas na visão Espírita


Queridos amigos, bom dia.
Recebemos através do nosso formulário "Entre em contato" uma mensagem de uma amiga que nos pergunta:
"...No final da decada de ______, comprei um disco com a obra "Bolero de Ravel", ...e escutei as obras que alí estavam gravadas e, ao escutar uma em especial, veio a minha mente como num filme um cortejo fúnebre em uma colina na qual ia ser cremado o corpo de uma jovem e era acompanhado de algumas poucas pessoas.
Eu era um menino e acompanhava ao lado de uma jovem a alguma distância subindo a ladeira junto a uma cerca de pedras e esta jovem chorava um pranto dolorido e sentido... não sei porque não íamos junto com o cortejo. Todos estávamos vestidos com roupas marrons meio avermelhadas, pareciam de couro (tipo túnicas) e até hoje se eu escutar a obra "Pavane par une enfante défunte", fico arrepiado e tenho vontade de chorar. Nuca tive oportunidade de perguntar a alguém o que significa esta lembrança. Seria apenas imaginação ou são realmente fragmentos de lembranças de vidas passadas?..."


Segue abaixo a resposta que enviamos ao querido amigo:

"Prezado ________________, bom dia.

Em uma rápida análise no seu relato podemos CRER que se trate de uma lembrança subconsciente de um acontecimento de alguma existencia passada. Porém será uma inverdade AFIRMAR que seja, sem um estudo profundo e o acompanhamento de um grupo sério.

Sabemos que determinados fatos de nosso passado se tornam tão importantes/marcantes que, mesmo com o natural esquecimento de uma encarnação para outra, temos subconscientemente lembranças destas ocasiões.

Estas lembranças podem aparecer em nossas mentes como sonhos, desejos, medos, traumas e até ser despertadas por coisas do cotidiano como um cheiro, uma visão(deja-vú) ou, no seu caso, uma música.

É importante porém não se deixar impressionar com estas lembranças e também não fixar o pensamento em tentar decifrar o passado ou quem fomos e como fomos. Devemos aceitar o fato, aprender o que pudermos com ele e deixá-lo em seu lugar.

Diferente de muitas pessoas que fazem questão de buscar saber quem foram em vidas passadas, e que por isso podem ser mistificados muitas vezes, gosto muito de dizer que o importante não é quem fomos e sim quem somos.

O que somos hoje é o reflexo e a colheita do que fomos em nosso passado, por isso podemos verificar se fomos felizes sou infelizes, bons ou maus, etc. Assim, com o que somos hoje podemos formar nosso quinhão de esforço para moldar o nosso futuro através do conhecimento e, principalmente, da prática dos ensinamentos de Jesus.

Nós somos "artífices de nosso futuro" e devemos aproveitar as oportunidades que o Pai nos dá para mudar a nós mesmos e seguirmos cada vez mais seu caminho, que nos leva à verdade e à vida.

Paz contigo."